A Rússia insinua que a Suécia está escondendo algo relacionado à explosão da sonda Nord Stream.

A Rússia questionou se a Suécia estaria escondendo alguma informação sobre as explosões que afetaram os gasodutos do Nord Stream no ano passado, já que Estocolmo se recusou a compartilhar detalhes das investigações em andamento.
As autoridades da Suécia e da Dinamarca estão atualmente conduzindo uma investigação sobre quatro aberturas encontradas nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que conectam a Rússia e a Alemanha através do Mar Báltico. Esses buracos se tornaram um aspecto relevante na situação de crise envolvendo a Ucrânia.
De acordo com Maria Zakharova, representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a recusa da Suécia em colaborar com os investigadores russos foi considerada confusa, e ela afirmou que Moscou tem o direito de ter acesso às informações sobre as investigações das explosões ocorridas em setembro passado.
Moscou sugeriu a Estocolmo a realização de uma investigação em conjunto sobre as explosões, o que poderia resultar na desativação permanente de três das quatro linhas dos projetos de gás Nord Stream 1 e 2. No entanto, a proposta de envolvimento russo foi recusada pela Suécia e Dinamarca.
Durante uma reunião em Moscou na quinta-feira, Zakharova indicou que existiam motivos para essa escolha.
“Os investigadores russos, ao realizarem uma investigação imparcial, poderão chegar a uma conclusão desconfortável sobre os responsáveis por esse ato de sabotagem e terrorismo, incluindo quem planejou e quem executou”, informou à imprensa.
Zakharova afirmou que a Suécia estava escondendo informações sobre o que havia sido descoberto na investigação, insinuando que “as autoridades suecas estão escondendo algo”.

De acordo com a Suécia e pesquisadores europeus, os ataques foram intencionais, porém não identificaram o responsável. Moscou, sem evidências, atribuiu as explosões à sabotagem por parte do Ocidente.
A Nord Stream 2, uma estrutura destinada a transportar gás natural russo até a Alemanha, foi finalizada em setembro de 2021. No entanto, a operação da mesma foi suspensa após a certificação de Berlim ser revogada pouco antes de Moscou enviar suas tropas para a Ucrânia em fevereiro.